
Influência do dólar sob o açúcar; Perspectivas sobre a produtividade da cana-de-açúcar; Resultados do Etanol no 1º quadrimestre.
O mercado da cana-de-açúcar começou bem a semana, a queda dos juros nos EUA e à votação da reforma da Previdência ganhando força, fez com que o real se fortalecesse perante o dólar no início de junho. Por esta razão, os contratos futuros do açúcar bruto obtiveram um avanço na norte-americana ICE.
Os contratos de julho para o açúcar demerara fecharam em alta de 0,23 centavos de dólar, um índice de aumento de 1,9%, sendo o maior patamar ao longo das últimas cinco semanas. De acordo com o Bloomberg a saca chegou a 12,45 ao longo do dia 04/06, fechando em 12,42 centavos de dólar por libra-peso.
Segundo a Valor Econômico, o valor para o açúcar branco para os contratos de agosto fechou no dia 04/06 a US$ 329,80 por tonelada, uma oscilação positiva de 6 dólares. Quem ficou um pouco desestimulado, foram os produtores que já estavam com commodities precificadas.
Em relação à produtividade, durante o mês de maio a Conab divulgou o Relatório de Acompanhamento da Safra Brasileira de Cana-de-Açúcar 2019/20, onde constou que a produção estimada de cana-de-açúcar para o período será de 615,98 milhões de toneladas, uma redução de 0,7% se comparada à safra anterior 2018/19, cuja produção foi de 620,44 milhões de toneladas.
A redução de hectares plantados de cana-de-açúcar foi de 2,4% em relação à safra anterior. Uma das razões, principalmente no sul do Brasil, foi à conversão de áreas para o plantio de grãos. Muitos produtores se sentiram desestimulados pelos preços da safra anterior e por conta disso, acabaram mudando de cultura. A área a ser colhida está estimada em 8,38 milhões de hectares para 2019/20.
Embora reduzida, a estimativa da USDA é de uma produção de 32 milhões de toneladas de açúcar no Brasil na safra atual, conferindo um aumento de 2,5 milhões comparados à safra de 2018/19. Já que a destinação da atual safra de cana-de-açúcar terá um aumento de 9,5% para produção de açúcar bruto. A oferta brasileira e da União Europeia irá compensar a demanda mundial, mesmo com a queda prevista da Índia e Tailândia.
No ramo de etanol, boas notícias foram divulgadas através dos resultados do etanol do 1º quadrimestre. De acordo a Reuters, as vendas de etanol no primeiro quadrimestre no Brasil resultaram em 44,76 bilhões de litros, uma alta de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
A exportação do derivado de cana-de-açúcar também aumentou no mês de maio, sendo 82,6% maior frente ao mesmo período de 2018, conferindo um total exportado de 165,5 milhões de litros e uma receita de US$ 77,9 milhões, uma alta de 51,9% em relação ao faturamento de maio de 2018.
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AF News Agrícola
Eng. Agrônoma: Giulia Zenidin
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