
Mercado da Mandioca
Após acumular forte aumento no preço até o último mês, a cotação da mandioca apresenta estabilização e até queda nos indicadores nesta reta final de outubro. O aumento da oferta e uma retração na demanda, por conta do alto custo, forçaram os vendedores a recuarem no mercado. Confira:
Raiz de Mandioca
Os valores da raiz de mandioca registraram queda nos últimos dias, pressionados pela combinação entre maior oferta e demanda enfraquecida. De acordo com o levantamento do Cepea, produtores elevaram o volume ofertado, devido à maior umidade do solo e aos preços ainda considerados atrativos. Porém, a quantidade disponibilizada permanece abaixo das expectativas porque muitas lavouras ainda não estão prontas para serem colhidas.
A demanda, por sua vez, diminuiu por conta do menor ritmo de moagem nas indústrias de fécula e de farinha de mandioca. Assim, entre 19 e 23 de outubro, o preço médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 500,31 (R$ 0,8701 por grama de amido, na balança hidrostática de 5 kg), baixa de 9,3% frente à média da semana anterior.
Das seis regiões acompanhadas pelo Cepea, quatro acabaram tendo diminuição nas margens na última semana. A maior queda ocorreu na região de Assis-SP, com retração de 1,86% valendo R$ 500,83/ton. Por outro lado, em Marechal Cândido Rondon-PR a cotação da mandioca subiu 2,20% em uma semana ficando em R$ 542,76/ton.
Fécula de Mandioca
O preço da fécula da mandioca sofreu desvalorização de 1,16% a 6,99% na semana passada, com a maioria das regiões consultadas operando abaixo da casa dos R$ 3000/ton. Somente Araruna e Paranavaí, ambas no PR, é que conseguiram manter seus índices em patamares mais elevados.
Ainda assim, a queda na cotação da fécula não foi capaz de retirar os ganhos acumulados em quatro semanas, que estão oscilando entre 34% a 46% a depender da região.
Farinha de Mandioca
Tanto o preço da farinha fina, com o tipo seca grossa, tiveram queda nos últimos dias, pressionados pela movimentação de baixa na matéria-prima. Os indicadores do Cepea, confirmaram recuo de 0,13% a 6,68% para a farinha fina tipo 1. Enquanto isso, a farinha grossa, sofreu queda entre 1,18% a 5,41% para igual período.
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