Resistente à crise: setor de panificação e confeitaria cresceu quase 3% em 2019; pão francês lidera o consumo entre panificados

panificação no Brasil
Mesmo diante do conturbado cenário econômico que o Brasil enfrenta já há alguns anos, o setor de panificação e confeitaria tem conseguido driblar os percalços e manter-se resistente à crise. O Anuário de 2019 da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) traz em detalhes o panorama dessa conjuntura e mostra os resultados da indústria.
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Em 2018 a cesta ABIMAPI se manteve estável na comparação com 2017, tanto em faturamento, movimentando R$ 26,6 bilhões, como em volume de vendas, na casa dos 2,5 milhões de toneladas. Em 2019, o crescimento estimado girou em torno de 3% para ambos indicadores, em média.
A Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), através de um amplo estudo realizado a partir da coleta de informações do Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC), que mantêm um acompanhamento de indicadores em cerca de 330 empresas de 13 estados brasileiros, de diferentes portes e modelos de atuação.
O estudo mostrou um crescimento do segmento da ordem de 2,65% em 2019 (sem descontar a inflação), o que é equivalente a um faturamento de R$ 95,08 bilhões.
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O pão francês continua sendo o principal produto das padarias, mesmo com tantas inovações e diversificações do mix de produtos e serviços.
O consumo médio mensal de pão francês saltou 658,79 toneladas em 2018 para 704,72 toneladas em 2019, ou seja, um avanço de 6,97%.
O movimento paralelo que se percebeu nas padarias tradicionais foi de um decréscimo de 4,54% no consumo de pão francês. Convém dizer que esses números negativos foram puxados por aquelas tradicionais empresas que ainda não digeriram a ideia de modernizar seus modelos de negócios.
No outro extremo, as empresas que buscam se antecipar às novidades ou se atualizar no mercado, colocando mais frescor em seu mix de produtos e serviços, qualidade e uma pitada diferenciada na linha de produção, conseguem permanecer no mercado.
A conclusão, portanto, segundo o relatório da ABIP é: "enquanto o desmanche de farinha para pão francês aumenta, as padarias tradicionais enfrentam uma queda no volume de pão comercializado".
Com isso, fica validado o entendimento de que existe uma migração de consumo para outros modelos de negócios e/ou canais de vendas que também têm panificados no mix, refletindo a concorrência acirrada dentro do segmento.
De acordo com a Abitrigo, no ano passado, o consumo de trigo no Brasil se manteve dentro dos 12 milhões de toneladas.
*Com informações da ABIMAPI E ABIP
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